Toda a gente tem direito ao seu momento cultural, mesmo que causem o pânico no local onde entrem, neste caso um museu de arte contemporânea, que eu não vou referir qual por poder ser acusada de má publicidade.

Era um domingo à tarde, não sei se soalheiro ou não, quando três distintos senhores cruzaram a entrada da maior e mais labiríntica exposição em exibição. Como me cabia a mim, assistente de exposição, dei-lhes as boas vindas, indiquei o início do percurso e registei a sua entrada no "contador-do-axe". Assim que "os senhores" se afastam, aproxima-se um colega meu que me sussurra ao ouvido "o senhor de cinzento é carteirista no 15" (entenda-se por 15, o eléctrico).
A minha preocupação foi posicionar-me de modo a fixá-lo para que me afaste dele quando andar de 15, nem sequer pensei em avisar a segurança (mas isto não se diz), deixei essa tarefa para os pessoal mais responsável. Pouco tempo depois, fiquei a saber que afinal, não era só o "senhor de cinzento, mas sim os três senhores" que eram carteiristas no 15. wouwww!! já os senhores carteiristas não podem ir "espairecer" para o museu... bem, se podem ou não, não sei, pelo menos não há indicação em contrário na parede da entrada, o que é certo é que 3 dos 4 vigilantes da exposição estavam a acompanhar os ditos senhores em cada sala que estes visitavam. A coisa bem planeada, eles deviam ter levado um 4ª elemento à paisana que actuaria nas restantes salas onde não existiam vigilantes nem assistentes:D